sexta-feira, 23 de março de 2012

Fé na humanidade: restaurada

Quando pensava não existir fé nas boas pessoas, descobri que mesmo em tempos de crise, nem todo o panorama é negro: há pessoas que nos conseguem mostrar que as coisas são possíveis de ser feitas, mesmo com pouco, se existe boa vontade e compaixão, tudo é possível.
Hoje tinha perdido o meu cão, não tinha nenhuma identificação, nem chip, nem chapa, nada. Entretanto, já depois de muitas horas perdidas na rua à procura dele, em cada canto, por todos os cantos, perdi a esperança de o reencontrar.
Recorri à última ferramenta, já meio por desespero, já meio por não saber que mais fazer, utilizei o Facebook.
Descobri que as redes sociais servem para mais do que contar aquilo que queremos fazer ao longo do dia, mostrar onde estivemos, partilhar fotografias ou estados de espírito...
Menos de duas horas depois de ter publicado o evento sobre o desaparecimento do meu cão, já tinha atingindo as 4.000 partilhas e recebi uma chamada: alguém o tinha encontrado e levado para casa.
Tive sorte porque calhou em boas mãos...no meio de tanta guerra, ódio e inveja, ainda existe espaço para o amor. Cada vez mais escasso, cada vez mais escondido pelo ódio, mas ainda sobrevivente, o amor consegue ter mais força que o ódio; um sorriso é mais forte do que trinta lágrimas de dor; e, felizmente, ainda existe compaixão suficiente que consiga ofuscar a sede de vingança.