domingo, 4 de dezembro de 2011

E quem é que não se lembra disto?

Rua Sésamo

Para que possam recordar mais desenhos animados e séries, desde os anos 70...aconselho a visitarem este blogue: http://desenhosanimadospt.blogspot.com/

Akiane, a criança prodígio

Akiane é uma adolescente, actualmente com 16 anos de idade, que se diz ter recebido um dom para pintar. Ao observarmos as obras de arte dela, sabemos que ela tem definitivamente esse dom. Já apareceu em mais de 50 espectáculos e programas televisivos no mundo inteiro, mesmo em tão tenra idade.
Akiane começou a desenhar aos 4 anos de idade figuras inspiradas em visões que tinha do paraíso. Cresceu no seio de uma família ateísta, contudo tinha visões muito nítidas sobre Deus e o Paraíso, que começou a descrevê-las à mãe. Embora fosse ateísta, hoje a sua mãe reconhece que Deus colocou um dom na sua filha, que a inspira todos os dias, cada vez que ela pega num pincel. Os seus desenhos são bastante realistas e descrevem todos os cenários que envolvem a beleza divina. Nunca foi visto, até à data, ninguém desenhar tão bem em tão modesta idade. Akiane é um fenómeno!

Para verem alguma das suas obras consultem o seu site: http://www.artakiane.com/










                                                   "Jesus Cristo", pintado por Akiane aos seus 8 anos de idade.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

9Gag

Parece que chegou para ficar. Esta nova espécie de blogue tem vindo a conquistar muitas pessoas no mundo todo. E não, não é outra rede social. É antes um blogue que junta pessoas de qualquer parte do mundo que fazem as suas próprias caricaturas sobre tudo o que podem imaginar: cantores, filmes, situações do quotidiano comuns, desenhos animados que calham sempre bem recordar, vídeos para rir, outros para partilhar acontecimentos, momentos constrangedores registados num tom humorístico e num formato de banda desenhada...

Esta variedade na apresentação de pequenos conteúdos tem conquistado cada vez mais pessoas. Elas podem comentar os posts, podem partilhar nas suas redes sociais (facebook, twiter,...), podem fazer os seus próprios posts e verem as  suas publicações no site, ficando a saber que mais pessoas se identificam com elas. Toda esta interactividade faz com que as pessoas se sintam mais motivadas e passem cada vez mais tempo neste blogue que já foi notícia de jornal.
Será apenas só mais uma moda?... Veremos.

Para aqueles que não conhecem, digo que vale a pena:
http://9gag.com/

sábado, 12 de novembro de 2011

O Poder

Poder (do latim potere) é, literalmente, o direito de deliberar, agir e mandar e também, dependendo do contexto, a faculdade de exercer a autoridade, a soberania, ou o império de dada circunstância ou a posse do domínio, da influência ou da força.
sociologia define poder, geralmente, como a habilidade de impor a sua vontade sobre os outros, mesmo se estes resistirem de alguma maneira.

poder, em todas as suas formas, é algo que tem o "seu quê" de útil e é aquilo que todo o ser humano procura alcançar desde pequenin Com os pais, o indivíduo tenta saber encontrar o limite entre aquilo que pode ou não fazer; Depois na escola, começam as suas primeiras intrigas com os colegas, o primeiro medir forças entre pequenos indivíduos que tentam impor a sua posição. Se é que ela existe. E aí está o problema de muitos indivíduos.... Crescem, da escola passam para a faculdade e, mais tarde, para o emprego e pouco ou nada aprenderam ao longo da vida sobre controlar o poder/influência que têm em algum contexto da sua vida. Pior ainda, muitos esquecem-se de que hoje têm essa influência ou têm um certo poder (por exemplo, coordenam um determinado departamento), mas que amanhã podem perde-lo, e que aqueles que eles estavam habituados a "dominar" passam a ser quem assume o poder. E quando esse momento chega, as coisas podem nem sempre correr bem.
Isto porque, infelizmente, o indivíduo tem tendência a deixar que o poder, em maior ou menor quantidade, lhe aflua até à cabeça e, quando isso acontece, esquece-se que o Mundo é um lugar cheio de coisas, de vida, de culturas, de paisagens, de cheiros, de sentimentos, de cores, e de pessoas que lutam por direitos iguais. Essas pessoas, ambicionam respeito. Toda a gente merece e deve respeito aos outros. Peca aquele que por defeito não souber o verdadeiro emprego da palavra respeito, pois, um dia mais tarde, irá dar-se mal com esse facto. Mesmo que num dia seja o rei do Mundo, no dia a seguir pode ser aquele que mais precisa ajuda e, esquece-se que um dia ele foi aquele rei que deixou que o sangue do poder lhe subisse à cabeça, deixou que as suas vontades de se sentir importante e respeitado se pusessem à frente do outro, e que isso lhes pode custar caro.

Esses que um dia são reis e aproveitam-se desse facto como que uma arma para rebaixar outros são os mais pobres de coração. Coração esse que se admira se acabar por ser apunhalado por aqueles que muitas apunhaladas levaram primeiro. E o mais irónico de tudo, é que muitos desses "reis" que tentam fazer por tudo com que a sua voz seja ouvida, são aqueles que fora desses contextos em que conseguem ter influência são inseguros, oprimidos, ignorados e recatados. É engraçado, tentam por tudo mostrar uma posição que não existe, porque não são ninguém e. por isso, a necessidade tão grande de se fazerem ouvir. Concluindo, eu só tenho duas palavra a dizer à cerca dessas pessoas: tenho pena.

domingo, 5 de junho de 2011

Ataque no Paquistão matou o possível sucessor de Bin Laden

Um importante militante da Al-Qaeda no Paquistão foi morto na última noite, na sequência de um ataque com um avião não tripulado (drone) norte-americano.

A informação sobre a morte de Mohammad Ilyas Kashmiri na região de Waziristan, no Nordeste do Paquistão, foi confirmada oficialmente pelas autoridades paquistanesas, depois de responsáveis locais terem admitido que Ilyas Kashmiri pudesse estar entre as nove pessoas mortas no ataque.

Apesar disso, quando existiam apenas fortes suspeitas de que Kashmiri tivesse sido morto durante o ataque, a sua morte era desmentida pelo porta-voz dos talibans, Ehsan Ehsanullah, que à agência AFP afirmava que Ilyas Kashmiri estava “vivo e em lugar seguro”.

Ilyas Kashmiri, de 47 anos, era chefe do grupo armado Harakat-ul-Jihad al-Islam (HuJI), um dos principais líderes da Al-Qaeda no Paquistão, e dado como um dos possíveis sucessores de Osama bin Laden à frente dos rebeldes. Era há muito suspeito de ser um dos cérebros de vários ataques, no Afeganistão, na Índia e no Paquistão, entre os quais um ataque a um hotel de Islamabad em 2008, onde morreram 54 pessoas.

Nadal vence final de Roland Garros

O espanhol Rafael Nadal, com apenas 25 anos de idade, mantém-se na liderança do ranking mundial. Ganhou o seu 46º título individual e com o sexto triunfo em Paris, em sete participações, iguala o percurso histórico de Borg.

Abstenção

Abstenção conta com um resultado de cerca de 40% nestas eleições.
O que me parece um pouco antagónico. Num período, no qual o nosso país sofre com a recessão que está a existir a nível mundial e num período em que as escolhas políticas recaiem nesta altura, mais do que nunca, sobre a vida dos cidadãos portugueses, que se dizem muito descontentes, é de ficar admirado que a abstenção registe níveis tão elevados. Quase metade dos portugueses não foi votar. Mas todos se queixam e anseiam pela mudança, só que depois não contribuem para que esta se realize. Querem mudança e não falam pelo seu próprio país, querem deixá-lo morrer? Acho que o voto eleitoral deveria ser obrigatório. Votar é um dever de todos os cidadãos. Há falta de união política e do sentimento português. O nosso povo deveria ser mais informado e interessado por aquilo que se passa no seu país.

José Sócrates demite-se

Após o resultado das eleições legislativas de hoje, José Sócrates felicita Passos Coelho, dizendo que lhe deseja tudo de bom mas anuncia a sua demissão do PS.

PSD ganha eleições legislativas

Com cerca de 38,8% o Partido Social Democrata ganha as eleições. Pedro Passos Coelho está confiante de que daqui a três anos veremos melhorias na prosperidade do nosso país.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O que pensa sobre as próximas eleições legislativas?

Entrevistei João Correia, de 70 anos, activo na política para que me falasse um pouco sobre o que pensa das próximas eleições legislativas que se realizarão no dia 5 de Junho.http://www.youtube.com/watch?v=Cu9QPJYKVnw

domingo, 29 de maio de 2011

Vídeo bate recorde

     Este vídeo foi publicado no youtube há apenas três dias e já bateu o recorde de visualizações: 5 milhões. A mãe gata abraça o seu filhote enquanto este está a dormir.
http://www.youtube.com/watch?v=Vw4KVoEVcr0&feature=player_embedded

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Violência entre os jovens

Considero inadmissível situações como esta acontecerem na nossa sociedade. Ainda para mais quando começa a acontecer em camadas de indivíduos tão jovens... Onde irá parar o futuro da nossa sociedade? Já está na hora de chegar alguém que consiga estabelecer a ordem e a autoridade que hoje em dia é tão desrespeitada e, por consequência, nos tem mostrado o aumento da insegurança e da criminalidade que se assiste hoje no nosso país. É uma vergonha episódios como este existirem, e à sua semelhança muitos outros do mesmo teor e conteúdo se passarem sem que ninguém faça nada... Está na hora de fazer alguma justiça por este país, por todos nós. Se queremos mudança como deixar que atitudes como esta passem impunes? Estas e outras atitudes que passam sem ver consequências só alimentam actos repetidos de pura violência. lEstamos a caminhar para a decadência do nosso país e a assistir à criação de uma geração desligada de valores morais e civismo... Bons tempos os dos meus avós. Tempos aqueles em que se podia andar na rua sem ter de se ter medo do mundo lá fora...

http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fvideos.sapo.pt%2Fadjwp9Izz0u5v2fdaZ2z&h=ba3c0

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Reportagem - Solidão


Isso não. Se quiseres podes-me matar”. Estas foram as últimas palavras que Patrícia (nome fictício), entre soluços e lágrimas, trocou com o homem que lhe apontou uma faca ao pescoço pedindo-lhe para que esta lhe fizesse sexo oral, tinha ela apenas dezasseis anos de idade.
            Todos os dias Patrícia seguia o mesmo ritual. Acordava sempre quinze minutos antes de as aulas começarem. Levantava-se apressadamente, passava um duche de água fria pelo corpo, pegava numa maçã e num iogurte ao mesmo tempo que colocava a mala ao ombro e saia de casa para apanhar o autocarro que a conduzia em direcção à escola. Três paragens e lá estava ela em frente à Escola Secundária do Restelo. Atrasada, como sempre.
Filha de pais separados, Patrícia vivia com a mãe mas dormia com o pai. Frequentava o curso de Artes, tinha boas notas, bons amigos, uma família e um namorado que a adoravam.
            Às 13h15m estavam terminadas as aulas da manhã. Patrícia dirigia-se até à paragem que ficava em frente à escola, à espera do 28, para retornar a casa. Poderia ter ido para casa a pé, mas sentia-se mais segura ao ir de autocarro. Morava perto e costumava aproveitar para ir a casa almoçar.
Enquanto esperava pelo autocarro Patrícia não conseguia parar de repetir esta pergunta para si “Porquê a mim?!”.
            No caminho para casa estava nervosa. Sentada no autocarro, não conseguia evitar olhar para todos os cantos, para todas as pessoas que estavam sentadas naquele autocarro e, como se costuma dizer, “tirar-lhes as medidas”. Se por acaso alguém tinha o azar de cruzar o olhar com o dela, ou por pura simpatia esboçar um sorriso, ela sentia-se ameaçada. Não confiava em ninguém. Depressa lhe vinham à cabeça as memórias de uma mão que a agarrava e empurrava contra a parede do elevador e, ao mesmo tempo, lhe apontava uma faca contra o seu pescoço e lhe chamava nomes como “Puta”, “Cabra”, “Porca nojenta”.
Patrícia não conseguia esquecer aquele dia: 2 de Março de 2008. Três paragens e lá estava ela na rua de casa. Saiu do autocarro assustada. Por cinco meses tinha escondido uma verdade que tentou por tudo que se transformasse numa mentira, como que num pesadelo que finda pela manhã.
Ao colocar a chave na porta da rua Patrícia tremia. Olhou duas e três vezes para se certificar de que ninguém estava a persegui-la e só depois avançou para dentro do prédio fechando com toda a força a porta atrás de si. Não podia ficar aberta.
Chamou o elevador. Teve a sensação de que estava a ser transportada para aquele mesmo dia, para o mesmo sítio, à mesma hora. Como se tudo estivesse de novo a acontecer. Começou a chorar. As memórias assombravam-na com uma força que muitas vezes trespassava o real.
“1,70m, trinta e poucos anos de idade, moreno”. Quando a porta do elevador se abre Patrícia relembra a cara do homem que brutalmente a violou. Os mesmos oito segundos que o elevador demorou a chegar até ao 4º andar pareciam-lhe agora os vinte minutos em que esteve fechada com aquele homem. “Ele carregou no ‘stop’ e retirou uma faca do bolso que apontou directamente para o meu pescoço. Empurrou-me brutalmente contra a parede do elevador e antes que eu pudesse gritar mandou-me calar sob pena de me matar. Calei-me e ninguém me ouviu”. Sempre que entrava ou saia daquele elevador Patrícia era consumida pelo medo.
O elevador parou no 4º andar. Patrícia saiu e apressou-se a entrar em casa para almoçar. Tinha perdido a fome. Outra memória tinha-lhe vindo à cabeça “Mandou-me puxar as calças para baixo, mas não fui capaz. As lágrimas caiam-me sem parar e só consegui olhar para ele e suplicar-lhe que não o fizesse. Mas já era tarde. Ele mesmo puxou com toda a força as minhas calças para baixo, encostou-se a mim e penetrou. Doía muito.”
Assaltada por estes pensamentos Patrícia perdeu também a vontade de sair de casa. Estava sozinha, em casa, sem vontade de comer, estudar, falar… na realidade, ultimamente não tinha vontade de fazer nada. Deixou-se ficar no sofá e fechou os olhos com muita força. Queria deixar de pensar naquilo mas não conseguia. Por mais que rebolasse de um lado para o outro do sofá, trocasse de posição, ou fechasse os olhos, Patrícia não conseguia adormecer. Os pormenores daquele acontecimento tornaram a vir ao de cima “Eu queria gritar, fugir dali mas estava presa a uma dor que nunca pensei que pudesse existir. Não sei dizer se me doía mais a alma ou se o corpo.”
            Levantou-se do sofá. Não conseguia adormecer e precisava de se distrair. Foi até ao seu quarto e sentou-se em frente à secretaria. Pegou no lápis de cor e no bloco A3 que usava para desenhar. Só lhe saiam rabiscos, linhas tortas que não faziam sentido e atravessavam a folha de uma ponta à outra, sem destino, sem forma, sem vida. De novo, as memórias vieram-lhe à cabeça “Empurrou a minha cabeça contra o peito dele, e com as minhas costas coladas ao espelho do elevador eu sentia o corpo dele sujo e repugnante em cima de mim. Puxou-me o sutian para baixo e apertou-me os seios, enquanto eu chorava, ele chamava-me nomes. Acabei por desistir e fechei os olhos porque não conseguia ver o que me estava a acontecer...”.
Posto isto, Patrícia desistiu de desenhar. Foi até à casa-de-banho lavar a cara para disfarçar o rosto vermelho cansado de tanto chorar. Subitamente lembra-se do que sentiu no dia em que foi violada e olhou pela primeira vez para aquele espelho sem ser capaz de reconhecer o seu próprio reflexo. “Lembro-me de olhar para a minha imagem que reflectida no espelho não parecia mais a mesma. Enfiei-me na banheira e esfreguei-me até deixar feridas no meu corpo de tanta força que fiz para me limpar. Queria sentir-me limpa mas continuava a sentir-me suja”.
Ouve o barulho da porta na fechadura. A mãe chegou a casa e Patrícia corre para a abraçar, procurando um carinho e um consolo de alguém que está pronto para lhe oferecer. Estava cansada de esconder a verdade num silêncio que não se tinha tornado mais reconfortante com o passar do tempo. Contudo foi um refúgio real através do qual tentou esquecer um momento que a perseguirá para sempre, no pensamento e na alma.




segunda-feira, 4 de abril de 2011

cinzas

29/01/2008

Raquel Macdonald.


Luto agora comigo própria.Não te posso apagar, mas vou deitar fora os rascunhos.Eu sei qual é a minha direcção e a tua posição.Ensinaste-me a escrever sem o saberes fazer, ensinaste-me o que são amigos, sem o saberes ser e sem nunca teres revelado quem eras, fizeste-me gostar do esboço que desenhei a pensar em ti.Hoje olho para ele, não te vejo lá. Apenas encontro traços que não fazem sentido e que não sei como os consegui desenhar.Tudo se apagou, o papel está a ficar velho, desgastado... Já pensei em guardá-lo numa gaveta e imortalizá-lo. Não te odeio, não te amo porque não te conheço. 
E se não for hoje, o papel acabará por se desfazer mais tarde. Sem pensar nas consequências atirei-o para a lareira.Observei-o enquanto se queimava e se tornava em cinzas...Lembrei-me apenas o quanto é facil desenhar o esboço de alguém que naturalmente acaba por vir a fazer parte da nossa vida e o quanto é dificil esquecê-lo, diria impossível. Nunca chegamos a esquecer, apenas podemos deixar para trás.Restavam uns escassos segundos até o papel desaparecer e veio-me um flashback de todos os nossos momentos, parecia um filme, que rodava rápido demais, numa ordem cronológica decrescente. Por momentos parecia que estava a voltar ao início, quando te conheci, mas não, foram só lembranças. Acabou o tempo, o papel deu lugar às cinzas e a lareira apagou-se, a chama morreu. 

Censura?!

Por: Raquel Macdonald Martinho, 27/03/2011

Será que vivemos num país que ainda está sob a alçada da censura? Uns dizem que sim, outros que não. Eu também mantenho as minhas dúvidas. Já Manuela Moura Guedes tem as suas certezas.
Num artigo de opinião que a jornalista escreveu para o jornal CORREIO DA MANHÃ, no passado dia 25, afirma que foi "corrida" do jornal de Sexta da TVI para evitar "causar problemas" ao Governo de José Sócrates e garantir que este não perdia as eleições, o que acabou por vir a acontecer.
Lamenta o facto de o telejornal ter sido censurado mas mostra estar orgulhosa por ter feito parte de um grupo de jornalistas que não "colaboraram com Sócrates na imagem distorcida do País".
Acredita que José Sócrates já há muito tempo que tinha falhado nas suas competências para com o País e para com os portugueses mas que os jornalistas nem sempre mostraram a realidade que se estava a viver que , na sua opinião, já em 2009 era "negra".

"Os jornalistas que não deram aos portugueses a realidade, já negra na altura, a do endividamento, dos seus custos, das obras públicas, parcerias público-privadas, empobrecimento da população, desemprego galopante, corrupção ao mais alto nível, os problemas da justiça, da saúde, do preço dos medicamentos, enfim, tudo aquilo que ao longo deste último ano tem sido finalmente notícia porque o fim deste Governo estava previsto".

quarta-feira, 23 de março de 2011

Adeus Sócrates!

O primeiro-ministro, José Sócrates, apresentou hoje a sua demissão ao Presidente da República, Cavaco Silva, na sequência de não ver aprovado o PEC 4. Acredita que a solução estará patente nas próximas eleições às quais se irá candidatar. "A crise política só pode ser resolvida pela decisão soberana dos portugueses. Com a determinação de sempre e a mesma vontade de servir o meu país, irei submeter-me a essa decisão".

terça-feira, 22 de março de 2011

À conversa com...Miguel Maximiano

Aqui se encontra um excerto da conversa que tive com um dos fundadores do grupo CAOS, no Sábado, dia 19 de Março.

CAOS no dia do pai

           No sábado, dia 19 de Março, conheci o grupo CAOS (Círculo de Actividades Oxigénio e Sol) que, segundo  um dos fundadores do grupo, Miguel Maximiano, nasceu "por volta" de há quinze anos atrás."Não temos tempo, nem datas" diz Miguel.
Começou por ser um pequeno grupo de amigos que "se juntavam para conhecer a gastronomia portuguesa, mas como injeriam muitas calorias, começaram a fazer caminhadas uma vez por mês" diz Miguel, entre risos. Hoje, este pequeno grupo conta com mais de 3700 indivíduos e opera todos os fins-de-semana, de forma gratuita e voluntária "não há qualquer dinheiro em funcionamento", adianta Miguel.
     O grupo não tem uma estrutura rígida e tem por objectivo fomentar laços entre as pessoas, o espírito de entreajuda, de boa disposição e principalmente caminhar ao longo de vários regiões de Portugal, de norte a sul do país.  Para fazer parte deste grupo apenas é necessário aparecer nas actividades e para se tornar membro, em cinco minutos, basta aceder ao site da organização: http://caminharemportugal.ning.com/

      No dia em que conheci o grupo, participei na actividade que tinham preparada, que constava em fazer uma caminhada na arriba fóssil da Costa da Caparica, mesmo por cima da praia da Fonte da Telha. O percurso iniciou-se às 16h30m e terminou só por volta das 23h onde mais de 50 pessoas, de mochilas, toalhas sobre a areia, espalhavam sorrisos e fomentavam conversas enquanto comiam, tiravam várias fotografias e esperavam pela luz da lua cheia. Enquanto caminhavam sobre a praia, alguns membros comentavam, entre risos, que os olhares curiosos que as pessoas pousavam sobre eles, faziam-nos sentir-se como uns extraterrestres.
    Esta iniciativa sempre teve como política trazer o próximo para caminhar com o grupo. "Fomo-nos multiplicando, através da internet também o que tem tornado mais díficil de cultivar os afectos entre as pessoas. Por vezes acontece que chegamos a uma actividade e não conhecemos ninguém". Para evitar esta situação e porque já contam com um grande número de membros, a organização decidiu formar vários grupos que estão distribuidos por zonas em todo o país e por isso conseguem distribuir, de melhor forma, o número de pessoas por grupo.

     Segundo Miguel Maximiano, esta organização é muito descontraida, não tem horas nem preocupações. "Vamos vivendo os sítios, sentido os cheiros, o palpitar do coração dos nossos companheiros". Este líder custuma comandar várias caminhadas na Serra de Sintra e o que mais gosta de fazer é mostrar às crianças o mundo da natureza e partilhar com elas os seus saberes.


Aqui ficam algumas das outras fotografias que tirei na caminhada...











quinta-feira, 17 de março de 2011

Um texto sobre a palavra "Palavra"

Decidi publicar um texto que escrevi há duas semanas, mais precisamente no dia 3 de Março, para a cadeira de TEP (Técnicas de Expressão do Portugûes) que me deu algum gozo compor. O exercício proposto pelo professor consistia em falar sobre uma palavra qualquer. De todas as palavras, optei por escrever sobre a palavra palavra pois achei que seria giro escrever  sobre uma palavra que também tivesse ligação com todas as outras.


Palavra


                “Mas uma palavra qualquer?!”, perguntei. “Sim, o professor disse para escolheres uma qualquer, desde que não sejam aquelas banais, como a compaixão, a liberdade, os amigos, o amor, a felicidade, a família…”.
Mas que chatice! Eu sei lá agora que palavra é que vou escolher… Lembrei-me de muitas palavras mas nenhuma me parecia a “tal”. Depois, pensei que talvez o melhor fosse consultar o meu dicionário e, eu estava tão confiante em que ao abri-lo numa página qualquer automaticamente estaria lá a palavra certa a piscar-me o olho, ou, quem sabe, a mandar-me sorrisinhos, como quem diz “Estou aqui! Sei há quanto tempo ansiavas por me colocar a vista em cima”, que acabei por abri-lo, de forma aleatória, por mais de cinco vezes seguidas. Ou, para dizer a verdade, por mais de quinze. Isto tudo até que desisti e comecei a folhear o dicionário, de trás para a frente e vice-versa. Ele conversou comigo e deu-me tantas sugestões que fiquei ainda mais indecisa e sem saber por onde começar. E sabem que quando uma pessoa começa a sentir-se indecisa por muito tempo também começa a ficar revoltada com a situação. Quer dizer, com tantas sugestões, como é que hei-de decidir qual das palavras merece maior protagonismo?
As palavras, que são muito vaidosas e querem sempre subir na vida, quando souberam que eu tinha de escrever um texto sobre uma delas, mas que ainda não me tinha decidido sobre qual, espalharam a notícia por toda a cidade de Letras. Por todo o país da gramática e dos prontuários se comentava o acontecimento e na cidade de Letras foi notória a agitação que as palavras estavam a viver perante a possibilidade de virem a ser eleitas e de terem duas páginas dedicadas só à sua existência. Ouvia-se ser comentado o assunto em todas as apóstrofes, até as preposições do convento espalhavam a palavra e as vírgulas da assembleia. Todos os dias chegavam candidaturas de palavras de todo o tipo, desde acepipe a zígnia, e de todos os pontos do país, que enunciavam, da forma mais caricata, as razões pelas quais seriam a palavra certa. Mandei chamar algumas dessas palavras ao meu gabinete para que me pudessem apresentar pessoalmente os seus depoimentos.
Muito dona do seu nariz a palavra fado, sem quase dizer nem bom dia nem boa tarde, quis automaticamente reivindicar os seus direitos e disse que deveria ser a escolhida pois representava, para além da música portuguesa, o fatum, isto é, o destino, e acreditava que não existia palavra mais indicada do que ela mesma para quem quer elaborar um texto com qualidade. Entretanto, outra palavra veio para me inquietar, que azar! Esta palavra fez-me lembrar os políticos já que se chegou até mim cheia de promessas e argumentou que se fosse escolhida tudo aquilo que eu escrevesse emanaria originalidade e brilho. Coisa que não aconteceu, culpa do azar. Logo nas primeiras duas linhas decidi deixar de lado a palavra azar e decidi ouvir os depoimentos da palavra cabra-cega. Esta palavra foi uma forte concorrente: transportou-me até às memórias da minha infância, era inocente e pouco vaidosa. Alegava pertencer a todas as crianças pois não havia nenhuma que não jogasse no infantário à cabra-cega e que não tentasse evitar ir parar ao meio da roda como a “pata choca”.
Mas ainda muitas outras palavras me passaram pela frente, como a cicatriz, que era alta, robusta, nada elegante e um bocadinho feia (coitadinha!) e que me veio dizer, de forma rude e sofrida, que era uma palavra muito importante pois simbolizava as feridas já cicatrizadas e as marcas deixadas nos humanos. Companheiras fiéis destes últimos até à sua morte, as cicatrizes não percebiam por que razão eram tão desprezadas.
Também mandei chamar outras palavras ao meu gabinete como, recado, contradizer, aurícula (não me perguntem porquê), bê-á-bá e, mesmo assim, depois de ter ouvido todos estes depoimentos, ainda não me tinha conseguido decidir por completo. E é neste contexto que chegamos ao presente, não tenho mais para contar. Estou para aqui sentada a divagar à espera que a inspiração me venha preencher a alma e acontece que esta só pode estar, de novo, de amuos comigo pois não me sinto iluminada nem estou a transbordar de criatividade. Já tentei persuadi-la mas ela é matreira e quanto mais chamamos por ela mais finge que nos vem oferecer ajuda e, ao invés disso, vem sugar-nos as acanhadas ideias que vamos tendo. É uma espécie de Robin Hood da cidade das Letras, mas que em vez de roubar aos ricos para dar aos pobres, fá-lo de forma contrária, vem roubar a pessoas como eu que estão a carecer de imaginação. Gostava de saber onde guarda tantas ideias e a quem as oferece, porque está visto que a mim não é certamente. Mas não se admirem; isto no país da gramática e dos prontuários nem sempre funciona de forma normal.
 E é no meio desta inquietação, quando já não vejo salvação para o meu caso, que surge de fininho uma última palavrinha. Esta última fascinou-me com o seu aspecto singelo, meigo e modesto mas, ao mesmo tempo, tão grande e tão mais apropriado que todos os outros. Não me apresentou mais do que uma razão, contundo essa tornou-se mais forte do que todas as inúmeras razões enunciadas pelas outras palavras, pois digam-me lá que palavra poderia merecer maior protagonismo do que aquela que tem significado em si mesma e em todas as outras?
E foi assim que resolvi o meu dilema e escolhi escrever um texto sobre a palavra palavra.
                                                                                                              Raquel Macdonald Martinho

quarta-feira, 16 de março de 2011

Carnaval de ski


Não passei propriamente o Carnaval que tinha imaginado para este ano. Na verdade, passei um muito melhor! Deixei de lado as minhas fantasias de Carnaval, quem sabe para o próximo ano, e com elas ficaram também as máscaras, as serpentinas, as pinturas, os ovos podres, as perucas, as músicas pimbas e os tambores. E, em vez disso tudo, agarrei nos meus polares, no meu casaco de ski juntamente com os gorros, luvas, e todo o equipamento que precisava para ir para Baqueira-Beret. Uma notícia de última hora mas, ainda assim, a melhor notícia que poderia ter tido. Já há dois anos que não ia à neve, estava um pouco enferrujada, e Baqueira-Beret era uma das estâncias que ainda não conhecia.
 Só posso dizer que adorei: a neve, as paisagens, as pessoas, o espanhol (atenção que me estou a referir à língua) e sobretudo esquiar que é algo de que gosto bastante!

 Também me soube muito bem apanhar outros ares, nem que tenha sido apenas por uma semana, em que as únicas preocupações que tive foram: tentar manter-me sempre em cima dos skis; descobrir que cadeiras tinha de apanhar para descer a pista que tinha ligação com o bar onde serviam sanduíches para o almoço; pôr protector para evitar ter o meu nariz a escamar (o que acabou por acontecer na mesma); acordar as 8h da manhã para o pequeno-almoço; às 10h montar nos skis já no cimo da montanha; e regressar as 17h30m para o meu quarto de hotel (que era a dois minutos das pistas a pé) no qual dormia até à hora de jantar. Diga-se de passagem que isto são preocupações com as quais qualquer pessoa vive (muito) bem.

Já percebi que está na altura de parar de vos fazer inveja e de vos cansar com os pormenores da minha viagem. Hoje fico por aqui, mas vou deixar algumas fotografias das paisagens que tive a sorte de encontrar e que, obviamente, não poderia ter deixado de fotografar.

Para ver as imagens em maior resolução clicar com o rato sobre elas.



Título

Bem sei que o título "Coisas" soa a desinteressante ou até mesmo a chato. Mas prometo que quando estiver mais inspirada troco o nome do título do meu blogue. É mesmo uma promessa. Mas têm de me entender, ainda estava eu no 2º passo para criar o blogue já ele me estava a pedir um título e por isso, um pouco à pressão e sem muita inspiração, lembrei-me de "coisas". E porquê o título "coisas" e não "jornalismo" por exemplo? Para vos ser sincera, jornalismo pareceu-me um título chato e tão comum que não quis pôr nem esse título nem nenhum desse género, que me parecesse muito informal e sério.

 Quero fazer deste blogue um espaço livre no qual publicarei diversos assuntos, desde crónicas, a simples conversas de café, fotografias tiradas por mim e assuntos da actualidade que me apeteça partilhar. Não quero dar um título a este blogue que me limite os assuntos, isto é, se eu tivesse escolhido por exemplo o título "moda" seria obrigada a falar constantemente de moda! E para além de eu perceber pouco (ou nada) de moda eu também não sei se amanhã me vai apetecer falar da política do nosso país ou se me vai apetecer apenas falar de um filme a que fui assistir. E por isso, por enquanto o título "coisas" encaixa bem para aquilo que quero, não me condiciona os assuntos  porque "coisas" é quase tudo. Com "coisas" posso falar de tudo aquilo que me passe pela cabeça no dia-a-dia, não soa a obrigação, nem me restringe, vou ser livre de publicar tudo aquilo que me apetecer. Mas não se desanimem, já prometi que vou encontrar um melhor.