terça-feira, 27 de novembro de 2012

Amores eternos ou promessas perdidas no tempo?



Verona. A cidade do amor. Aqui, todos deixam um pouco de si. Fazem juras de amor eterno, trancadas, marcadas, junto à Casa da Julieta. Para sempre.

Uma chuva de cadeados que atravessa gerações e gerações, assim como, décadas e décadas traz consigo o peso de vários amores. Uns que, provavelmente ainda duram até à data, e outros tantos que não passam de promessas mortas, presas numa porta, trancadas com um cadeado sem chave, que não lhes mostra a saída desse amor, que na verdade já não existe.

Saudades, lágrimas, nostalgia, são sentimentos que muitos sentem quando encontram, perdidos entre a chuva e a mistura de cores destes cadeados, aquele cadeado que lhes pertence. Ou melhor, que um dia lhes pertenceu. Que um dia foi feito para durar para um sempre indeterminado, que acabou por nunca acontecer. E agora funde-se, no meio de tantos outros cadeados verdadeiros, um amor que já não existe mais. Já foi.
Uns relembram com felicidade, sem mágoas. Outros choram o triste presente porque o amor, egoísta como é, deu tudo de si até a um ponto em que, na altura em que decidiu não dar mais, deixou completamente desamparadas milhões de pessoas.

É injusto. Estas promessas envolvidas em torno de um cenário romântico acabam por não passar mesmo de simples promessas. Irreais. Lembranças. Passadas. Dolorosas. Memórias. Que todo o tempo levou.

E quem ficou ?
Será que existem amores eternos?

Texto e Imagem: Raquel Macdonald Martinho